segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O SEGREDO DOS CONTINENTES


Ao longo do tempo existem muitos estudos sérios sobre a influência das formações geológicas e de sua relação direta com a fauna, flora e os minerais contidos em cada uma delas. Este fato se comprova, por exemplo, que o país "Camarões" fica situado numa região pesqueira repleta de camarão, onde mesmo fenômeno ocorre na região Nordeste do Brasil (Natal-RN). Ambas as regiões, há milhões de anos, foram conectadas geologicamente, quando os continentes unificados formavam uma só região, chamada de  "Pangea".


Mas o que poucos sabem (ou quem sabe, provavelmente omite ou distorce tal fato) é que esta relação também ocorre diretamente com os minérios preciosos, como metais, pedras preciosas e combustíveis fósseis. Para melhor entendimento, segue um esquema destacando o mapa mineral da África:



E segue abaixo o mapa mineral da costa brasileira:

A região de Minas Gerais parece não ter uma relação direta com a costa africana, mas é bom lembrar que a Vale do Rio Doce encontra-se centenas de quilômetros da costa Brasileira.

Fazendo um comparativo de ambas as costas,  notam-se explorações semelhantes ao longo delas e outras sem qualquer trabalho de exploração ou restrição geográfica imposta por governo ou empresas. 

Verificando ao sul da África encontra-se uma região extrativa de diamantes (uma das maiores do mundo), sendo ela muito próxima à costa africana. No Brasil, na mesma linha geográfica, identificamos uma região carvoeira, que vai do norte do Rio grande do Sul até o Sul do Paraná. A Cidade de Criciúma-SC, por exemplo, tem como seu principal negócio a extração de carvão mineral, assim com Butiá-RS e outras pequenas regiões ao longo da costa.

Contudo, também sabe-se que o carvão e o diamante tem a mesma composição mineral, diferenciando-se somente pelo seu processo de transformação. Para um carvão tornar-se um diamante leva mais de 1 milhão de anos, sendo que este processo deve ocorrer nas condições geológicas necessárias para esta lenta transformação.

Agora façamos o seguinte: Se o diamante é derivado do carvão mineral e a região sul do Brasil, assim como ao sul da áfrica, apresentam minerais semelhantes, provavelmente teríamos também diamantes na costa Brasileira, não sendo tão somente uma simples especulação.

Porém, os mapas minerais Brasileiros não apontam para esta região:


Seria necessário um estudo geológico mais apurado costa para comprovar o potencial de extração.
Mas se você costuma frequentar algumas destas regiões costeiras ou tem um casa de praia nelas... cuidado!

Você pode estar morando em cima de uma fortuna!

Boa sorte!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A VERDADE SOBRE O "PRÉ-SAL" BRASILEIRO
(uma simples dedução)



Já faz alguns anos que o governo brasileiro, por intermédio da Petrobrás, está comemorando a localização de bacias de petróleo na camada "pré-sal", em diversos pontos na região litorânea brasileira. Claro que o impacto econômico desta descoberta vem à passos "curtos" e o Brasil nem sequer procura vender gasolina barata aos próprios Brasileiros, mas, tenho minhas especulações quanto a esta descoberta ter sido feita semente em 2007. No que tange a história do Brasil, me parece que as estratégias de soberania do "país do samba" vão muito além daqueles que acreditam que este tipo de raciocínio protetivo não era pretendido pelos nossos antepassados. Pelo contrário: sabíamos deste fato muito antes do Brasil ter sido tri-campeão mundial de futebol em 70. Entendam os meus argumentos à seguir.

No final dos anos 60, quando a ditadura militar brasileira se consolidava como sistema político à duras penas, foram encomendados estudos muito profundos quanto à potencialidade de recursos naturais no Brasil. Além de descobrirem novas jazidas minerais (carvão, ouro, prata, bauxita e até mesmo diamantes) e investirem pesadamente nos recursos hídricos (Itaipu), com direito à especulações fazendo referências à regiões secretas da Amazônia, também foram identificados diversos pontos no litoral brasileiro com a possibilidade de haver grandes reservas petrolíferas em potencial ao projeto de desenvolvimento energético nacionalista dos militares naquele período. Mas só tinham 2 problemas: 

1) O local de exploração era profundo demais (pré-sal) e não havia tecnologia suficiente para a exploração em larga escala na época. 

2) A região onde se encontrava todo este petróleo ficava fora dos limites territoriais brasileiros (mais de 50 milhas náuticas).


Desta forma, em março de 1970 o governo brasileiro, à pedido do então presidente Gurrastazu Médici e de seus partidários, elaborou um decreto-lei (Decreto-lei n.º 1.098, datado de 25 de março de 1970) onde expandia os limites marítimos de 50 para 200 milhas náuticas, alegando o aumento da renda pesqueira, na proteção ambiental de ilhas longe da costa e da localização de petróleo (a princípio considerado de baixa qualidade) nestes limites marítimos. Foi a primeira vez na história em que a ARENA e o MDB uniram forças para aprovar um decreto por unanimidade, já que o interesse (no fundo) estava além das diferenças políticas. Após a aprovação e respeitando acordos internacionais de limites marítimos, o decreto obteve o seu reconhecimento internacional na "3ª Convenção da Nações Unidas (ONU) sobre o direito do mar", onde em 10 seções envolvendo diversos países e suas fronteiras litorâneas, incluindo o pedido de extensão brasileira, ratificou em 1982 o direito de muitas nações à exploração e proteção de suas áreas litorâneas, decretando internacionalmente o Brasil como um país detentor de 200 milhas náuticas.

Neste período entre 1970 e 2000 o Brasil investiu pesadamente em sua tecnologia de perfuração marítima, chegando a ser uma autoridade estatal na perfuração petrolífera em grandes profundidades. Mas somente no ano de 2007, após quase 40 anos, tivemos a consolidação entre tecnologia e a demanda de exploração, sendo anunciado o tão esperado Pré-sal como uma novidade, tendo este petróleo uma alta qualidade para o refino.

Só para se ter uma noção desta "mina de ouro": as reservas petrolíferas encontradas na costa são tão grandes que há projeções (mesmo com toda a corrupção e lentidão vigente) de que em 20 ou no máximo 30 anos o Brasil possa se tornar um dos 5 países de maior produção petrolífera do mundo, com uma vida útil de mais de 120 anos de exploração. Este é um recurso de gerar inveja às grandes potências mundiais, pois o petróleo não é só um derivado de combustível fóssil (com os dias contados), mas também para manufaturas indispensáveis, como plásticos em geral, produtos químicos cosméticos, tintas, setor têxtil, etc. É só olhar à sua volta e você vai encontrar algum produto derivado do petróleo... seu computador ou até mesmo o seu smartphone é feito de diversos produtos derivados deste material.



Mas enfim, para isso acontecer de forma positiva no Brasil depende de muitas coisas... a começar pela política.


 Obrigado e boas discussões!